sábado, 18 de dezembro de 2010

O Carneiro e A Caixa



"Desenha um carneiro para mim, por favor.”
“Era assim mesmo que eu queria!”.


Nada pode corresponder ao poder da nossa imaginação. Ela supera o conhecimento, pois não tem limites, e nos impulsiona para novas descobertas.

”Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer.”

A Serpente


"Mas sou mais poderosa do que o dedo de um rei.”

Embora fale sempre por enigmas, é o personagem mais franco de toda a historia.
Ela respeita o que é puro e verdadeiro.

A Raposa


“Tu te tornas eternamente responsável
por aquilo que cativas.”


A sábia raposa ensina o pequeno príncipe a compartilhar. E explica-lhe que, apesar de existirem milhares de flores parecidas, a dele é única, e foi o tempo que ele dedicou a ela que a fez tão importante.

Cativar quer dizer conquistar e requer responsabilidade. Responsabilidade por um amor, por um amigo, pelo talento que possuímos e pelo que conquistamos em nossa carreira profissional e pessoal.

Seja responsável pelas suas conquistas. Valorize-se. Cuide do que você cativou.

O Astrônomo Turco



"Mas ninguém lhe dera crédito por causa das roupas que usava. As pessoas grandes são assim."

Os adultos, especialmente os sofisticados materialistas, julgam pelas aparências. Por isso, o astrônomo turco é desprezado pela comunidade científica até aparecer em elegantes roupas ocidentais..

A Jibóia


"‘Por que é que um chapéu faria medo? ’
[...] Desenhei então o interior da jibóia, para que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações."

A jibóia desenhada pelo piloto quando criança é o ícone que nos ensina a ver além das aparências.

O Geográfo



'É muito raro um oceano secar, é raro uma montanha se mover...."

O geógrafo sabe toda a teoria, mas não aplica seus conhecimentos. Nunca sai da sua mesa para explorar as descobertas. Como um bom burocrata, declara que isso é trabalho de outra pessoa.

É ele quem recomenda ao pequeno príncipe que visite o planeta Terra. E deixa o principezinho abalado quando lhe conta que sua flor é efêmera...

O Acendedor de Lampiões



"Aí é que está o drama! O planeta de ano em ano gira mais depressa, e o regulamento não muda!"

Um bom homem cumpre o seu dever. Mas como ele mesmo diz, " É possível ser fiel e preguiçoso..."

O universo está em constante evolução. O homem, as crenças e as relações humanas também. Mas o acendedor de lampiões não tem o bom senso de questionar as ordens e trabalha sem parar, mesmo sabendo que não vai chegar a lugar algum.

O Homem de Negócios


– E de que te serve possuir as estrelas?
– Serve-me para ser rico.
–E para que te serve ser rico?
– Para comprar outras estrelas, se alguém achar.
Esse aí, disse o principezinho para si mesmo, raciocina um pouco como o bêbado.


O homem de negócios está tão ocupado contando o que acumulou que não pode desfrutar da vida. O pequeno príncipe nos faz ver que isso também é um vício.

É preciso valorizar quem você é, e não o que você tem.

O Bêbado


“– Por que é que bebes?
– Para esquecer.
– Esquecer o quê?
– Esquecer que eu tenho vergonha.
– Vergonha de quê?
– Vergonha de beber!”


O bêbado tenta escapar da realidade por meio do álcool, mas não consegue escapar da vergonha de ser como é. O seu desabafo é um alerta contra todos os vícios.

O Vaidoso



"Mas o vaidoso não ouviu.
Os vaidosos só ouvem elogios."


O vaidoso precisa da admiração de todos para comprovar o seu valor.

Ele nos faz lembrar que precisamos reconhecer nossos próprios talentos e capacidades, e não depender de elogios dos outros para nos auto-afirmar.

O Rei



"É preciso exigir de cada um
o que cada um pode dar"


É o primeiro dos “donos do mundo” que o pequeno príncipe encontra nas galáxias. O rei pensa que tudo e todos são seus súditos e tem necessidade de controlá-los. Mas, com sabedoria, nos ensina que cada um só pode dar aquilo que tem.

O Piloto



“As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibóias abertas ou fechadas.”

Foi desencorajado, aos seis anos, pelos adultos que não reconheceram a sua sensibilidade artística e a sua capacidade de ver além das aparências. Mas anos depois, longe de todos, desenha a sua própria história.

O piloto é a prova de que nunca é tarde para irmos atrás dos nossos sonhos.

A Rosa



“É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas”....

Ela começou a crescer, parecia vir do nada. Ficou horas se arrumando e ajeitando suas pétalas... E é linda! Mas também orgulhosa, caprichosa e contraditória.

O pequeno príncipe apaixona-se e vive para atender aos seus caprichos: um lanchinho, o para-vento, uma redoma. Mas ela nunca está satisfeita e o nosso herói decide partir.

Embora pareça contraditória, entre caprichos e sabedoria, a rosa é extremamente feminina e sedutora. Por isso, cativa o coração do principezinho.

O pequeno Príncipe



“Quando a gente acaba a toalete da manhã, começa a fazer com cuidado a toalete do planeta.”

Perplexo com as contradições dos adultos, o pequeno príncipe simboliza a esperança, o amor e a força inocente da infância que habita o nosso inconsciente.

Extraordinário e misterioso, ele vive em um planeta muito pequeno. Lá, um dia, apareceu uma flor...